Júlia vai mais além e toca fundo no problema: "Como mulher também sofro o preconceito existente no meio esportivo e penso que esse seja um dos fatores que dificultam a inclusão do gênero neste universo. Pensando nisso, resolvi entrar em contato com você para fazer um convite: te chamar para ser minha modelo em um ensaio temático sobre personagens não-cis praticando esportes populares no Brasil. O futebol é um bom ponto de início, por exemplo" e a corajosa jornalista complementa: "É como abrir portas para a aceitação, além do início de uma discussão ainda sem grandes defensores. Tal subversão também servirá para o combate ao preconceito, sentimento (ou a falta dele) que prejudica o esporte. Minha ideia em nenhum momento é transformar os fotografados em objeto de observação, mas sim humanizar a causa. Espero receber uma resposta positiva, minha futura modelo. O projeto, porém, é pessoal e não conta com apoio financeiro de terceiros."
A Drag Queen Dindry Buck sempre na luta pela construção de um mundo melhor, não pensou duas vezes e respondeu positivamente a Júlia Müller e numa manhã de segunda-feira, na quadra de esportes da Anhembi-Morumbi/Campus Mooca encarnou uma jogadora de futebol de salão. Foi feito um ensaio e um make off com direito a entrevista, entre alguns dos assuntos abordados: LGBTs no esporte, homolesbotransfobia no esporte e vários outros assuntos.
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