Lembro-me da primeira vez que fui animar uma festa junina - Quermesse -, os contratantes vieram em minha casa me pegar (não tinha carro ainda) e na maior naturalidade falaram mais ou menos que era uma festa aberta, de comunidade e que a maioria dos moradores estariam presentes. Quando me vi, estava dentro de um Cingapura (para quem não é de São Paulo, é um projeto social, que tira as pessoas de locais de riscos, terrenos invadidos e favelas, para morar em prédios com uma estrutura bem melhor e mais dignidade) e confesso que fiquei um tanto quanto apreensiva (afinal quem não tem o seus receios e preconceitos, atire a primeira pedra).
O carro entrou e foi para a casa da líder da comunidade e fiquei logo sossegada, pois ela era meio sargentão e disse prá mim: "Fique a vontade, a casa e sua, alguma coisa que não gostar só falar comigo".
Foi uma festa inesquecível! Crianças, jovens, adultos, todos vieram falar comigo, tirar foto e se divertiram a valer. Essa é a magia que as Drag Queens e os artistas em geral são capazes de fazer sem se dar conta.
Quando a Drag Queen Dindry Buck foi contactada para animar o Chá Bar da futura mamãe Ruth, na maior favela de São Paulo, não pensou duas vezes, só esperou o dia, pegou seu Drag Móvel e foi levar alegria para algumas pessoas daquela comunidade linda!
http://www.youtube.com/watch?v=VrFaQxkLlx8
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