4 de fevereiro de 2020

Dindry Buck ministra palestra lúdica no evento "A Escola e os Movimentos Socias" no extremo Leste de SP

Edyy Cruz, diretor de uma importante Escola pública no extremo Leste de São Paulo se viu diante de alguns questionamentos comuns a um gestor: "O que faz um diretor de escola? Coordena o trabalho da escola? Gere as verbas junto com a APM? Decide junto com o Conselho de Escola? Responde legalmente pela Unidade Escolar? Dá bronca? Elogia? Se empolga? Sim, tudo isso. E ainda sobra um tempinho pra ir lá na sala de aula e embarcar nas ousadias e surpresas que a educação proporciona".

E foi embarcando nessas ousadias e surpresas, que Edyy, juntamente com alguns professores, promoveu em 2019 encontros com diálogos fortuitos que aproximaram professores e alunos das demandas que acreditaram ser de suma importância para a construção de uma escola melhor. Depois de ouvir a demanda dos alunos dos nonos anos por aulas diferentes e temas relacionados com sua realidade, a professora de história, Ana Silvia, e o diretor Edyy Cruz cordenaram o projeto “Nós fazemos a história: a escola e os movimentos sociais”. O objetivo foi apresentar aos alunos os principais movimentos que lutam por transformações no Brasil e constroem a consciência da necessidade de sermos, nós todos, sujeitos da história, pessoas que tomam para si a tarefa de, coletivamente, buscar mudar o que não é justo.

O sétimo encontro - Movimento LGBTQIA+ teve como palestrante a Drag Queen Dindry Buck, criação do querido Albert Roggenbuck, que falou de uma forma lúdica e divertida sobre o movimento LGBT e a luta contra a LGBTfofobia no Brasil. Sua alegria e irreverência conquistou os alunos e tornou a aula um momento muito prazeroso de construção de conhecimento, troca de ideias, partilha de subjetividades.

Depoimento do aluno Guilherme (9°A): “O movimento que me chamou muita atenção também foi o LGBT, que a gente também tem um certo preconceito com as pessoas LGBTs, não tem tanto respeito, não tem tanta empatia, e eu acho que a gente deveria aprender mais sobre o respeito e a empatia com as pessoas de orientações sexuais diferentes, que não que não seja comum, é totalmente comum, mas acho que deveria ter mais respeito."


Depoimento do aluno Higor (9°A): “Se eu fosse criar um movimento social eu acabaria criando um movimento que desse mais voz para as pessoas trans, porque mesmo dentro do movimento LGBT e fora as pessoas trans acabam que elas são marginalizadas e excluídas, e acaba que elas sempre estão na linha de frente, batendo por tudo e sempre tomando as dores e elas não são reconhecidas por isso. Então eu acho que eu criaria um movimento pra ajudar essas pessoas trans porque elas acabam sofrendo muito e a situação delas aqui no Brasil é meio difícil, porque o Brasil é o pais que mais mata pessoas trans no mundo.”

"Estou mais que feliz com o carinho de todos para comigo e saber que posso contribuir um pouquinho com o que sei para a construção de um mundo melhor" relata emocionada a Drag Dindry.

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