"Se eu fosse presidente do Corinthians, eu faria uma cadeira especial no novo estádio e pintaria com as cores da bandeira da Bolívia. Não venderia ingressos para ela, que deveria sempre ficar vazia, em homenagem ao garoto morto e simbolizando a luta contra a violência das torcidas.
Se eu fosse presidente do Corinthians, eu chamaria uma coletiva e faria uma campanha de marketing, apoiando Emerson Sheik e combatendo a homofobia. Inventaria um conceito e usaria imagens de Sócrates, ressaltando algo como: "Corinthians, o time que lutou contra a ditadura jamais apoiaria o preconceito", ou "Somos do povo. O povo não tolera discriminação".
Em resumo, se eu fosse o Presidente do Corinthians, usaria o poder que um clube tão popular possui, para tentar melhorar o mundo. Enfrentar a violência das torcidas e a violência homofóbica, ilustrada nesse quadro odioso, em que 66% dos pesquisados dizem não aceitar que o craque do seu time beije um homem. Quanta estupidez.
Não é o jogador que atenta contra a imagem da torcida Corintiana. É ela que faz isto ao repudiar com tanta veemência uma conduta que não prejudica o desempenho do atleta e nem faz mal nenhum a ninguém. Vivam suas vidas e comemorem os gols dos seus times. Futebol é isto."
(Por : Ramon Portes )
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